quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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Ela era insana, era chata, ciumenta, possessiva, egoísta e mandona. Tinha os piores defeitos que uma mulher ariana poderia ter. Ela não aceitava metades, não suportava a idéia de ser meio-amiga e/ou meio-amor, com ela era tudo ou nada, o meio-termo não a interessava.
Os seus sentimentos eram loucos, ela o amava, um amor intenso, sem limites. Pela primeira vez ela temeu o sentimento; ela nunca havia se sentido assim, temeu agir impulsiva e irracionalmente.
Acreditava que o amor era a base de tudo e vivia dizendo que as pessoas deveriam guiar-se pelo coração; não seguia o que dizia, na verdade, não acreditava que isso funcionasse para ela. Acreditava que o seu amor poderia ser eterno, mas não acreditava que a reciprocidade fosse efetivamente verdadeira.
Ela tentava não deixar que o medo a dominasse, mas era inevitável, ela estava passeando por lugares desconhecidos e projetando suas expectativas em outra pessoa. Ela tentava não se decepcionar e não se magoar, mas pra isso, ela teria que deixar de confiar; isso acabaria com tudo.
Ela chorava, chorava procurando entender coisas que ninguém conseguia explica; buscava incessantemente um equilíbrio emocional, não sabia por que era tão difícil, não sabia de onde saía aquela dependência, não aceitava aquilo, não queria.
Esperava muito das pessoas, era decepcionada com facilidade, jamais conseguiu aceitar uma mentira e amava incondicionalmente, era de difícil convivência, mas tinha um coração enorme e sentimental, seu sorriso besta era encantador e sua alegria contagiante, era, é e será uma eterna complicada. 

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

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A confiança é um sentimento louco. É muito parecido com o amor, ambos são independentes, não possuem pré-requisitos para existir; porém eles são co-requisitos em um relacionamento estável. Assim como o amor, confiança não esta na cabeça; não se pode dizer "Ah, a partir de agora eu confio em você". O sentimento da confiança vem do coração, não existe meia-confiança; ou você confia por completo, ou não confia.
A confiança é necessaria em muitos momentos, não só em relacionamentos, é necessario  também, por exemplo, em negociações; mas nada exige tanta confiança quanto a amizade e o amor; e, infelizmente, se ela é quebrada alguma vez, a reconstrução é demorada e dolorida. 
Quando a confiança é perdida é sempre trágico, afinal, não se vai perdendo aos poucos, é sempre algo repentino, por mais que você já esperasse aquilo, é sempre um susto, você  achava que aconteceria, mas imaginava que a pessoa não fosse capaz daquilo, sempre dói, e dói muito; e só basta uma coisa de errado e todas as outras certas já não tem tanto significado. Para recuperar o sentimento, se é que realmente pode ser recuperado, o percurso é lento, quem dera fosse tão rápido e repentino quanto a perda, é preciso muito tempo, dedicação e sinceridade para reconstrui-lo.

Quem perdeu a confiança não tem mais que perder. 
Publílio Siro

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

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Qual a diferença entre o amor e o ódio? Muitos dizem que é mínima, que o ódio é excesso de amor. Não acredito que se possa odiar algo que um dia se amou, acredito que você possa tentar ser indiferente a isso, já diria Martha Medeiros, o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
Quando há indiferença, não necessariamente morreu o amor, só há necessidade de esquecer. Esquecer que um dia aquele sentimento te fez bem, esquecer que você já sonhou com o futuro de vocês juntos, esquecer que aquela pessoa te fazia feliz, esquecer de todos os momentos juntos, esquecer que você acreditou que daria certo, enfim, esquecer que um dia aquela pessoa fez parte da sua vida, e aqueles foram os seus melhores momentos.
É tentando esquecer que, todo dia, você lembrará da pessoa, e lembrará de cada momento feliz e cada sorriso, lembrará das brincadeiras que só vocês entendiam, lembrará daquela música que você escutava e pensava nele, notará que ele ainda é a única pessoa que você pensa quando escuta a tal música; e quando você voltar pra si, notará que seus olhos estão tão embaçados que você não enxerga e que seu rosto esta encharcado.
E o tempo vai passar, passar mais devagar do que o normal, mas passará e você irá pensar que apenas porque não chora mais, você o está esquecendo. E isso será verdade? NÃO! Você apenas esta ficando imune a lembrança,  mas quando você o ver tudo voltará ao início, seu coração irá acelerar desgovernadamente a ponto de parecer que sairá pela boca, e você vai saber que ainda não o esqueceu, e pelo visto, não esta nem perto.
Uma hora você desistirá, desistirá de tentar esquecer, se acostumará a saudade e já suportará vê-lo sem querer morrer. Um lindo dia você vai acordar, lembrar dele e sorrir, lembrar dos momentos felizes e chorar, chorar de alegria, lembrará daquele presente especial e achará a intenção dele super fofa; você vai ver que todo aquele despreso foi desnecessário, você não irá lembrar direito por que cultivou tanta indiferença por aquela pessoa, você irá querer aproveitar aquela pessoa que te fez tão bem. Você finalmente terá esquecido aquele que te fez sofrer.
Eu não disse que você terá deixado de amar aquela pessoa, você terá esquecido da indiferença, terá perdoado o erro, e finalmente notará que aquela pessoa e você podem dar certo sim, se os dois quiserem e admitirem o sentimento, se houver carinho, sinceridade e amor mútuo; se os dois estiverem disposto a deixar  o passado pra trás e começar a agir pensando no presente e no futuro, num futuro feliz e cheio de alegrias.

Os fracos nunca perdoam, perdoar é virtude dos fortes, e nobres.

Créditos a @BrunoSoares87