sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ultimamente eu tava pensando que, faz tempo que eu não posto nada de novo, e nem textos antigos pra atualizar o blog. Estava totalmente sem inspiração, sem vontade de postar, cançada de monotonia, esperando que a vida me desse um 'UP'. Não ganhei o que eu gostaria, ela me deu um baita 'DOWN', me deixou super angustiada, bem deprê, hoje, especialmente. 
O que me deixou tão mal foi um sentimento comum, que todos já sentiram, que apenas quem sente pode dizer o quanto dói; ah, a saudade. Fim de ano geralmente é assim, bate aquela saudade de quem ta longe, de quem te fez bem, de quem você partilhou momentos importantes e especiais. 
Mas, pra mim, fim de ano só me faz lembrar de alguém que se foi e eu não tive tempo de dizer adeus; um grande amor, talvez o meu maior amor. 
Saudades da inocência que havia no olhar e nas ações; saudades do abraço mais confortavel e seguro que alguém pode dar; saudades de correr pros braços dele quando mainha queria me bater, e ele dizer que só bateria em mim se passasse por cima dele, e que, se quando chegasse em casa, ela me encostasse um dedo, no dia seguinte ele bateria nela; saudades de fugir da escola e ir correndo procura-lo e ele não me obrigar a voltar; saudades de perguntar 'ta mais liso que bunda de santo?'; saudades de não conseguir vender as rifas e ficar chorando, e ele comprar todas as que faltavam; saudades do sorriso mais cativante que alguém poderia ter; saudades de um homem de coração imensamente caridoso, saudades de alguém que fazia o possível e o impossível por mim, saudades de um dos meus maiores orgulhos, da minha grande inspiração de vida; saudades; saudades; saudades... Tudo que me resta de um belo homem que se foi.
E hoje eu queria que ele tivesse aqui, queria que ele tivesse dado permissão ao meu primeiro namorado; queria ter dançado a tão famosa valsa de 15 anos com ele; queria que ele me dissesse pra fazer o que eu gostaria no vestibular, mas que dissesse que adoraria que eu fizesse direito; queria que ele tivesse ficado orgulhoso de mim quando eu passei na tão sonhada Federal; queria escutar um sermão dele a primeira vez que bebi demais; queria que quando eu completasse 18 anos ele me ensinasse a dirigir; queria que ele estivesse comigo quando descobri que não era o curso que eu queria; queria que ele me desse mil conselhos sobre homens e quanto eles não prestam e o quanto eu teria que ter cuidado com eles; queria que ele me abraçasse quando eu quebrasse a cara e me dissesse que tudo aquilo iria passar.
Eu só queria ele comigo por mais algum tempo, pra eu ter tempo o suficiente pra me despedir, pra eu ter tempo de dizer o quanto eu me orgulho da história dele, pra eu ter tempo de dizer o quanto eu o amo, e pra dizer que mesmo com essa distância infinita entre nós, eu nunca esqueceria quem ele foi e o quanto isso significou pra mim.
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Saudades também de dois velhos amigos, principê e leso. Mas isso é história pra um próximo post.

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