segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Faziam o mais bonito casal já visto, havia sintonia nas palavras e pensamentos, havia brilho no olhar havia paixão no coração. Tidos como uma dupla perfeita, não só por aqueles que olhavam de longe, mas pelos amigos e por eles mesmos, se prometeram jamais brigar.
Eram tão simétricos que muitos diziam que o romance logo teria fim, não podia existir uma forma tão linda de amar.
O tempo foi passando e eles descobriram que toda aquela perfeição realmente não poderia existir, que aquele ‘mar de rosas’ tinha sido apenas uma ilusão que a paixão tinha formado; que todos aqueles planos e sonhos idealizados tinham ido embora, e que aquela primeira promessa, de nunca brigar, jamais deveria ter sido feita.
Ela era uma garota complicada, indecisa e medrosa, tinha medo de suas escolhas, das suas decisões e do futuro, tinha medo do arrependimento e de onde o destino podia levá-la.
Ele era decidido, independente e forte, um homem como poucos; mas, assim como todos os homens, fazia promessas só para agradá-la, porém esquecia-se das suas palavras rápido e acreditava estar sempre com a razão, achava que ela exagerava e dramatizava os fatos.
Ela, apesar de esquecida, era muito apegada as palavras, tinha o defeito de levar qualquer frase a sério demais e acreditava em tudo que lhe diziam; cada promessa quebrada significavam lágrimas em seu rosto e tristeza em sua alma; tristeza jamais revelada, ela não queria magoá-lo com, o que ela dizia ser, suas futilidades.
Talvez o sentimento de não querer magoar fosse recíproco, mas, infelizmente, as ações dele não a deixaram certificar-se disso.
As brigas começaram a ser constantes, muito mais constantes do que qualquer um poderia imaginar, os pequenos problemas viraram monstros; ela já não sabia se podia concertá-los e, pra ele, mais nada fazia sentido.
Ela queria estar presente nos planos dele e que ele tivesse o poder de ler pensamentos, como no começo; ele só queria que ela se expressasse mais e acreditasse no sentimento dele. Ele queria que as coisas na vida social dele continuassem como sempre foram, ela acreditava que o amor mudava as pessoas, assim como a mudou, e, às vezes, pensava que, se não há mudanças, não existe amor. Ele se esforçava para fazer o máximo para vê-la feliz, mas ela não achava ser o suficiente.
E se eles continuarão juntos e um dia serão felizes? Ah... Isso apenas o tempo dirá.

02.07.10

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